Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador Dia Mundial da Osteoporose. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dia Mundial da Osteoporose. Mostrar todas as postagens

domingo, 20 de outubro de 2013

20/10 Dia Mundial da Osteoporose – Saiba como prevenir e diagnosticar a doença


A osteoporose pode ser definida como osso poroso e é uma doença que se caracteriza pela baixa densidade do esqueleto, resultante da perda gradual e contínua do cálcio armazenado nos ossos. A osteoporose é menos comum no homem do que na mulher e atinge principalmente pessoas idosas. Isso porque uma descalcificação óssea acontece naturalmente com o envelhecimento, fazendo com que os ossos percam sua rigidez normal e se tornem menos resistente a traumas e, por consequência, ficando mais vulnerável a fraturas, especialmente as do colo de fêmur, coluna vertebral e punho.

O Brasil tem cerca de 10 milhões de pessoas com a doença, que é caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos e o aumento do risco de fraturas. E os levantamentos apontam que 20% dos brasileiros – cerca de 30 milhões de pessoas – correm o risco de desenvolver a osteoporose nos próximos anos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, um terço das mulheres brancas com mais de 65 anos são portadoras dessa doença. Nos Estados Unidos a osteoporose é responsável por mais de 1,5 milhões de fraturas por ano. Uma reflexão que vem à tona neste 20 de outubro, Dia Mundial da Oesteoporose.

Segundo Mauro Scharf, diretor médico e endocrinologista do Laboratório Frischmann Aisengart, um dos principais problemas é o diagnósticos da osteoporose, já que ela é uma doença silenciosa, não apresentando sintomas até que aconteçam as fraturas ósseas. “Como normalmente os pacientes só percebem que têm a doença quando acontece a primeira fratura, é pouco comuns conseguirmos um diagnóstico precoce, que seria feito pela Densitometria Óssea, avaliação clínica e pesquisa dos fatores de risco”, alerta o médico.

Scharf explica que a Densitometria Óssea avalia a densidade dos ossos, em especial a coluna, o quadril e os pulsos. É um exame com baixa exposição à radiação, que não provoca dor ou desconforto. Ele consegue identificar sinais precoces de osteoporose ou de enfraquecimento ósseo. A Fundação Americana de Osteoporose recomenda a realização da Densitometria Óssea de forma preventiva principalmente para mulheres acima de 65 anos, com menopausa precoce ou pós-menopausa, em uso de medicamentos corticóides, com diabetes tipo 1, doença hepática, renal ou de tireoide.

O médico diz que também é recomendada para a terceira idade a realização de avaliação clínica rotineira e de hemograma, provas de atividade inflamatória, eletroforese de proteínas, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina e cálcio na urina de 24 horas. Esses exames possibilitam afastar as causas mais comuns de doenças que podem causar osteoporose como mieloma múltiplo, hiperparatiroidismo, osteomalácia, hipercalciúria, algumas anemias, doenças reumáticas e neoplasias. O cálcio na urina de 24 horas, além de informar sobre outras causas, possibilita avaliar o balanço de cálcio.

Para prevenir a doença, Scharf dá as seguintes dicas. A primeira é a alimentação rica em cálcio. O recomendado é 800 mg/dia para adultos jovens e 1.500 mg/dia para idosos. O cálcio pode ser obtido de laticínios (leite desnatado, iogurtes e queijos magros), verduras verde-escuras como brócolos, couve, espinafre e escarola ou por suplementação medicamentosa prescrita pelo médico.

A segunda dica são os exercícios físicos, que ajudam a regular e fortalecer a musculatura. O exercício promove o fortalecimento muscular, além de melhorar o equilíbrio, os reflexos e a marcha, reduzindo os riscos de quedas no idoso em aproximadamente 25%. A terceira é a vitamina D, formada na pele pela ação dos raios solares ou obtida através dos alimentos (leite e seus derivados, óleo de fígado de bacalhau, peixes e camarões). A vitamina D é a responsável pela absorção do cálcio que ocorre no intestino. A orientação de Scharf é incluir 15 minutos de banho de sol (até as 10h da manhã e depois das 17h) na rotina diária.

Por fim, o endocrinologista lembra que a ingestão alimentar adequada de cálcio e a prática de atividade física devem ter início na infância, onde ocorrem a formação dos hábitos alimentares e a definição da massa óssea. “O organismo mantém constante uma taxa de cálcio e, quando a fonte externa é inadequada, o cálcio é extraído dos ossos para manter os níveis sanguíneos dentro dos valores normais. Por isso, temos que estar atentos desde pequenos”, finaliza.

Alimentos x Quantidade de Cálcio

Leite de vaca pasteurizado 1 copo (200 ml) = 246 mg de Cálcio;

Queijo prato 15 gramas (uma fatia fina) = 126 mg de Cálcio;

Iogurte 1 pote (200 mg) = 240 mg de Cálcio;

Espinafre 100 gramas = 79 mg de Cálcio;

Escarola 100 gramas = 81 mg de Cálcio;

Folhas de abóbora 100 gramas = 477 mg de Cálcio;

Sardinha 30 gramas (uma porção pequena) = 86 mg de Cálcio.
Fonte: Jornaldopovoparana.com